Vôlei de Quadra

Guilherme e Pará disputam o Vôlei Master na quadra e em família

Campeões mundiais no vôlei de praia representam o VP Master Team com os irmãos Maurício e Jan

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Pará, Jan, Guilherme e Maurício no Vôlei Master, em Saquarema (RJ)

17 de novembro de 2025

Guilherme e Pará são nomes rapidamente associados ao vôlei de praia. A dupla campeã mundial em 1997 e de muito sucesso nas areias do mundo todo, dessa vez, no entanto, está em outro piso. Os atletas estão juntos na disputa do Vôlei Master, no Centro de Desenvolvimento de Voleibol – Saquarema Enel Brasil, porém, no voleibol de quadra. Com uma história de dupla, Guilherme e Pará agora têm companheiros de equipe – e companheiros bem especiais. Afinal de contas, o VP Master Team ainda conta com o irmão de Guilherme, Maurício, e o irmão de Pará, Jan.

O clima é literalmente familiar e o melhor possível entre os jogadores. Os laços que unem os atletas da equipe do Rio de Janeiro vão além dos de sangue. Essa é uma turma que joga junta há sete anos e o Vôlei Master é o momento auge para o grupo de amigos que está na disputa da categoria 50+.

“Foi uma vida inteira na praia. Hoje a gente achou um modelo de curtir mais, que é aqui na quadra. É algo diferente e a gente tem os nossos irmãos, então fica um astral muito interessante”, disse Pará, de 52 anos, e parceiro de Guilherme por seis anos.

Na categoria Master, há, também, um lado bom na quadra que é o revezamento. Ter substituição é sempre positivo para os dois que, independentemente da categoria, entram em quadra sempre em busca da vitória.

“Esse é um torneio muito longo. São, pelo menos, dois jogos por dia, então a gente usa essa estratégia, sim, para descansar. Hoje o vôlei, para nós, é um hobby, mas quando a gente entra em quadra, está na veia o espírito de querer ganhar”, afirmou Pará.

Guilherme também faz questão de destacar que o esporte segue muito presente em sua vida. O campeão mundial é gerente de vôlei de praia na Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e não perde uma oportunidade de estar dentro de quadra.

“Aqui estamos em família. Todos do time são muito amigos e esse é o barato do Master. É uma oportunidade maravilhosa de estar com os amigos fazendo o que gostamos. E a preparação é o motivacional para mantermos a saúde e a mente em dia. Nos leva a hábitos saudáveis e, por incrível que pareça, aquela vontade de jogar bem e ganhar são estimulantes. Muitas lembranças boas vêm à cabeça durante uma competição e isso é muito interessante. É uma viagem no tempo que você faz com você mesmo”, destacou Guilherme Marques, de 56 anos.

O amor pelo vôlei, que já é presente entre os irmãos, segue para a geração seguinte. Guilherme tem quatro filhos e dois já são federados – para o orgulho do pai.

“Entendo que alguns ex-atletas não consigam nem ver uma quadra, mas eu adoro. Sempre fui muito bem resolvido e agradecido a tudo que o vôlei me proporcionou e ainda proporciona. Tenho quatro filhos que sabem jogar e dois que jogam federados. Eles só me viram jogar no Master e foi como consegui mostrar esse universo e levar hábitos saudáveis para eles”, concluiu Guilherme.

Orgulho e satisfação em quadra

Apesar de não ter chegado ao profissional, Maurício e Jan também têm uma longa estrada no voleibol. Atleta da base do Flamengo até os 17 anos, Maurício segue entusiasmado com a modalidade e, claro cheio de orgulho de jogar ao lado de Guilherme.

“Eu jogo com meu irmão em campeonatos amadores desde os 15, 16 anos. É, sem dúvida, uma das grandes alegrias que tenho. Guilherme é muito agregador, dentro e fora das quadras, e sempre atraiu grandes jogadores e amigos para jogar conosco. Com o Master não foi diferente. O grupo que temos é fantástico e isso é o que realmente importa”, afirmou Maurício, de 55 anos.

Jan também herdou o amor pelo vôlei do irmão mais velho e fez a sua própria história no vôlei. Também com um filho já jogando na seleção carioca, o atleta nas horas vagas e médico por profissão tem um prazer enorme em jogar e passar esse sentimento ao filho, Lucca.

“Estar ao lado do meu irmão, nessa celebração que é o Master, é muito gratificante. Hoje o Master só faz nos unir ainda mais como irmãos. Apesar da correria do dia a dia de trabalho de cada um, a gente consegue se encontrar durante a semana para treinar juntos. Então, além do prazer de estar jogando do lado do irmão, aquela pessoa que faz parte da minha vida, a gente ainda fica trazendo recordações e não para de brincar. O tempo vai passando, mas a gente continua muito próximo e realmente é só agradecer todos esses momentos criados dentro do Master e no nosso convívio”, concluiu Jan, de 50 anos.

Guilherme e Pará disputam o Vôlei Master na quadra e em família

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